domingo, 7 de novembro de 2010

INFLAÇÃO NA HISTÓRIA

A MAIOR INFLAÇÃO DA HISTÓRIA

Muitos alunos ficam surpresos quando coloco a inflação da Alemanha no período Entre-Guerras. Por isso, dei uma pesquisada em meus arquivos e encontrei números assustadores.
Entre julho de 1945 e julho de 1946 (treze meses), a inflação da Hungria chegou a 30 setilhões por cento, ou seja 3 x 10 elevado à 25ª potência, um número com 25 zeros.
Segundo o Professor Forest Capie, em um seminário sobre hiperinflação, em 1989, “para anunciar que os preços tinham dobrado, o hábito da época era tocar um sino dentro das lojas, e isso acontecia várias vezes por dia”.

Mas a inflação não é novidade na História. Já existia antes de Cristo, época em que as moedas eram cunhadas em ouro e em prata e que, em época inflacionária, eram emitidas em tamanho e peso menores. No Baixo Império Romano, a inflação foi um componente do colapso estrutural do modo-de-produção escravista: considerando-se que no início do ano 200 dC o valor do sestércio tinha base 100, no final do século III passou para 5.000, o que significa uma inflação anual de 3% a 4% ao ano.

Outra inflação famosa e importante ocorreu no século XVI, na Espanha, fruto da chegada de metais preciosos das colônias americanas. Entre 1500 e 1600, a inflação anual era de 8% em média. Fenômeno semelhante ocorreu em Portugal, no século XVIII, quando o ouro brasileiro ali desembarcou.

Ainda segundo o Professor Capie, durante e logo após a Guerra de Independência dos Estados Unidos, a necessidade de emitir uma moeda nacional provocou ima inflação de 400% ao ano no final da década de 1770. Durante a Revolução Francesa, entre 1790 e 1796, a inflação atingiu 38.859%.
Fonte: Folha de São Paulo, de 3/9/1989, página C-8)

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